quarta-feira, 11 de março de 2015

A velha que habita em mim

A velha que habita em mim
manca, olha pra baixo, 
enruga o semblante e
enverga as costas com os pesos da vida.

A velha que habita em mim
me puxa para o passado, enrigesse
me segura e duvida de si

A velha que habita em mim
me quer sempre ao seu lado 
cuida, me impedindo de sair

A velha tem medo, muito medo
De tudo que não conhece
E de muito do que já viu e viveu

A velha que habita em mim
sentiu na pele o sofrer
foi machucada, violentada, calada

A velha que habita em mim
Se esqueceu que foi jovem
Que também sonhava, voava

A velha ama a jovem
E por amor protege
E a vida se repete

Venha velha,
sente-se aqui com a jovem,
conversem, entrem num acordo

A jovem precisa partir...



(texto-reflexão das minhas curas antroposóficas...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário