Vou pedir licença para escrever sobre mim mesma e meus sentimentos. Pode fugir um pouco da proposta inicial do blog: descrever as mudanças aqui em casa depois que desligamos a TV. Mas talvez só pareça que fuja, porque desligar a TV está relacionado com uma busca por mais coerência e qualidade de vida e também porque meus processos se misturam com os deles e vice-versa. E ainda porque especificamente esses sentimentos de hoje estão diretamente relacionados com um movimento meu de buscar atividades para nós que estejam em sintonia com o que acreditamos. A desse final de semana foi um presente!
Eis-me aí!

Palavras que utilizo
hoje, para compreender e explicar as coisas que acredito, foram cravadas na minha
pele ainda jovem: protagonismo, educação para a paz, solidariedade, educação de
pares, respeito, diversidade, desescolarização?!?
Hoje tropecei em mim mesma, um pouco esquecida. Eu, Gaia,
ancestral, “o outro de você”. Eu, terra, fogo, água e ar. Que invoca deusas e
deuses e canta em outras línguas.
Hoje, ao ver meus filhos ao redor de uma fogueira construída
por eles, ao som de tambores, eu me emocionei e reverenciei a vida, minha e
deles. E eles dançaram, cantaram, dispersaram seus medos.
Eu voltei no tempo, voltei para as minhas danças ao redor de
fogueiras, ao meu sentimento de fazer parte de algo maior, de me sentir
protegida, de me sentir parte de um TODO. E reencontrei alguns mestres (Kaka
Werá, Ricardo, Sônia...).
Hoje, sem me preparar, eu voltei para um círculo, para uma
roda em torno do fogo, para as danças sagradas. E me senti bem.
Hoje sei que não estou começando nenhum processo novo. Novos
desafios, sim.