Vou pedir licença para escrever sobre mim mesma e meus sentimentos. Pode fugir um pouco da proposta inicial do blog: descrever as mudanças aqui em casa depois que desligamos a TV. Mas talvez só pareça que fuja, porque desligar a TV está relacionado com uma busca por mais coerência e qualidade de vida e também porque meus processos se misturam com os deles e vice-versa. E ainda porque especificamente esses sentimentos de hoje estão diretamente relacionados com um movimento meu de buscar atividades para nós que estejam em sintonia com o que acreditamos. A desse final de semana foi um presente!
Eis-me aí!
Hoje trombei comigo mesma de mais de quinze anos atrás. Foi
um presente. Mais intenso do que sou
capaz de compreender... Reconectar-me a mim mesma, resgatar pedaços e
revivê-los com o que sou hoje... E a cada dia eu fico mais grata pelas
experiências vividas (e agora revividas) durante a minha adolescência.
Palavras que utilizo
hoje, para compreender e explicar as coisas que acredito, foram cravadas na minha
pele ainda jovem: protagonismo, educação para a paz, solidariedade, educação de
pares, respeito, diversidade, desescolarização?!?
Hoje tropecei em mim mesma, um pouco esquecida. Eu, Gaia,
ancestral, “o outro de você”. Eu, terra, fogo, água e ar. Que invoca deusas e
deuses e canta em outras línguas.
Hoje, ao ver meus filhos ao redor de uma fogueira construída
por eles, ao som de tambores, eu me emocionei e reverenciei a vida, minha e
deles. E eles dançaram, cantaram, dispersaram seus medos.
Eu voltei no tempo, voltei para as minhas danças ao redor de
fogueiras, ao meu sentimento de fazer parte de algo maior, de me sentir
protegida, de me sentir parte de um TODO. E reencontrei alguns mestres (Kaka
Werá, Ricardo, Sônia...).
Hoje, sem me preparar, eu voltei para um círculo, para uma
roda em torno do fogo, para as danças sagradas. E me senti bem.
Hoje sei que não estou começando nenhum processo novo. Novos
desafios, sim.
Minha doce e querida Alessandra. As lágrimas descem pela minha face e sinto o calor dessa fogueira me aquecendo a alma e me sinto ardendo na luz da esperança.
ResponderExcluirComo me reencanto, ao ler seu texto e compreender a dimensão de tudo que vivemos, construimos e que realizamos.
Nada do que fizemos com nossos mestres Ricardo e Kaká...teria sentido, se não fosse por vocês, com vocês e para vocês, geração do futuro que hoje é presente e que se faz presente, na educação dos filhos, na humanização dos partos, nas redes sociais e no coração de todos nós. Obrigada, por não me deixar esquecer e apagar de minha memória o que aprendemos.
ERA UMA VEZ....há muitos, muitos, muitos anos atrás, um grupo de pessoas, das mais diversas idades, dos mais diversos contextos culturais, sociais e econômicos, reuniam em torno do SAGRADO fogo para tecer fios iluminados pela Lua e Estrelas, para contar historias, recitar poemas, cantar e dançar sonhos e projetos para transformação do mundo.
Sônia, de repente tudo se aproximou denovo, de forma intensa e profunda... quero muito marcar aquele café com você... Um grande abraço, no coração!
ExcluirBoa noite, acho que esta é a terceira ou quarta vez que leio algum testo aqui e isso deve ao fato de eu me interessar no tema "pq desligar a TV", e esta publicação de hoje literalmente me arrepiou. Há 4 meses me mudei de cidade para fazer faculdade e na kitnet onde habito atualmente por vários motivos financeiros e de disciplina(estudar nas horas vagas) não tem TV . . . e bem desde de pequeno tinha mania de conversar sozinho, começava com um pensamento que ia crescendo e crescendo, e eu viajando até que se tornava uma conversa de mim comigo mesmo kkghdfghkkhfhdkkk'. . . Essas conversas se davam no meu tempo livre que com o passar dos anos foi ocupado pela TV, e bem, agora que estou sem TV me pego fazendo a mesma coisa, um dos meus vizinhos recentemente até me perguntou se havia tido alguém comigo na noite passada tamanha foi a discussão kkhdkfghkdfghkk' Hoje por mais estranho que pareça sou um jovem de 19 anos, bem informado sobre as notícias do mundo, me divirto, consigo manter uma conversar por horas a fio sem se quer mencionar algum programa ou novela/seriado de TV e posso afirmar com certeza que falta alguma isso me faz. Assim como vc blogger eu me sinto mais próximo de mim longe da TV, e hoje tenho vários motivos para DESLIGAR A TV !
ResponderExcluirOi, João, que legal que o blog tem contribuído para suas reflexões e que você se identifica com a questão. Realmente, deixar de fazer algo "normal" é difícil, mas não é impossível e mostra como vários "medos" (desinformação, alienação, isolamento, falta de assunto etc.) que as pessoas têm em relação à desconexão (seja TV, seja jornal, novela, internet) são quase sempre infundados. Seus diálogos solo devem ser engraçados! Forte abraço!
ExcluirUm link para o blog que conta um pouquinho da atividade que meus filhos participaram esse final de semana e que motivou os sentimentos deste post:
ResponderExcluirhttp://www.medicinaantroposoficauberlandia.com/2013/09/crianca-forte-e-feliz-aprendendo-e-se.html
Norinha: você,Luís e Gustavo e meus netos: quando há busca é tudo junto né?Olhar pra dentro e olhar pra fora pra transformar....uma difícil mas possível escolha...beijos incentivadores da sogrinha.
ResponderExcluirQueridos, quero deixar registrado a delícia e o prazer que tive ao ler o texto escrito por você, Alê. Interessante....me parece que ele faz parte de mim e me trouxe parte de minhas memórias, parte e cenas de tantas e tantas estórias que a gente viveu, cantou.... entrelaçou. A emoção é parte disso tudo. É parte da leitura, da escrita, do receber e do acolher este texto que fala de mim, de ti, de nós, do outro... de tantos outros. Espero que a gente, num futuro próximo, possamos exercitar o desligar a tv e se ligar na gente, nesse sagrado lindo, nessas rodas e nos elementos que a gente carinhosamente cuidava e harmonizava. Mesmo que a gente não consiga reunir "tanta gente" como antes, quem sabe não conseguimos uma meia dúzia de gente que queira viver isso num final de semana. Ai Alê e Gu, que saudade de vocês;
ResponderExcluirObrigada pela "belezura" escrita.
Um bj grande em vocês e nas crianças.
Ieda
Acho uma boa a gente ir pensando nesse reencontro Ieda. Algum dia ele acontece e tenho certeza que será maravilhoso!
ExcluirAlessandra, há mais de cinco anos fiz o mesmo, tirei a tv da minha sala e a instalei primeiramente no quarto e por fim num canto do escritório. Hoje não tenho nem antena para canais (abertos ou fechados), o aparelho serve para os DVDs selecionados e músicas. Cae, agora com 6 anos entende bem esta decisão tomada pensando nele, vê tv na casa da avó e de alguns coleguinhas, mas aqui em casa ele cresceu sabendo que era assim, questiona, mas não reclama!
ResponderExcluirPois é Elly, só parece ser muito complicado retirar a TV de nossas vidas, mas depois que tomamos a decisão é que percebemos que ela não faz tanta falta e sem ela muitas outras coisas melhoras, não é mesmo? A criatividade das brincadeiras dos meninos aqui, anda a mil! Ah! Acho que te achei pelo face (te convidei para ser minha amiga, pelo jeito temos muita coisa em comum!)
ExcluirOi amigos! Em 2011 nós escrevemos sobre afastar pelo menos os bebês da tv. Recebemos muitas críticas por isto, mas não abrimos mão de nossa opinião. Hoje nossos filhos tem 2 anos e 4 meses e ainda não assistem tv.
ResponderExcluirhttp://emgeral.com/2011/10/21/proteja-seu-bebe-afaste-o-da-tv/
Também escrevemos sobre a febre destes DVDs para bebês e crianças pequenas e o quanto isto é prejudicial! Um abraço e parabéns pela iniciativa.
Ah, sobre a febre da Galinha Pintadinha e outros bichos..rs
ResponderExcluirhttp://emgeral.com/2012/08/08/a-febre-da-galinha-pintadinha-e-a-falta-de-bom-senso/
Oi Ela, muito legal seus textos tb sobre os "perigos" de deixar os bebês em frente à TV... tb gostei muito do seu blog! Vamos nos falando!
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